A Maior Estrutura Viva do Planeta

Visível do espaço, a Grande Barreira de Corais, localizada na Austrália, é uma enorme faixa de corais composta por quase 3000 recifes: uma estrutura de aproximadamente 344.400 quilômetros quadrados, composta de seres vivos. Em 1981, ela foi eleita um dos Patrimônios Mundiais da Humanidade, e, pelo canal de TV americano CNN, uma das sete maravilhas naturais do mundo.

As maravilhas desse sistema parecem inimagináveis. É um ecossistema tão diverso como uma floresta tropical – uma Amazônia subaquática – com mais de 70 tipos de habitats; em um único acre de oceano, cem tipos diferentes de corais podem ser encontrados. Como explicado pela National Geographic, a Grande Barreira de Corais pode vir a ter 20.000 anos de idade, mas geólogos encontraram evidência de corais antigos, de meio milhão de anos atrás.

Sua importância foi muito bem notada, e a barreira é protegida pelo Parque Marinho da Grande Barreira de Corais de várias ameaças, como turismo, pesca e outros usos humanos. Porém, de acordo com um estudo de 2012 do PNAS (publicação oficial da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos), a barreira teria perdido mais da metade de seus corais desde 1985. Ainda em 2020, o estudo foi reafirmado.

Os relatos de embranquecimento dos corais, principalmente na parte norte do recife, são ligados com as elevadas temperaturas do oceano, resultado do aquecimento global. Outro fenômeno de embranquecimento dos corais foi relatado em 2022, sendo levado em consideração como ameaça outro fenômeno natural: o El Niño, uma alteração na força ou direção dos ventos alísios no Oceano Pacífico, empurrando uma alteração nas correntes frias e quentes em ambos os lados do Pacífico.

Apesar de tudo isso, uma reportagem de 2022 mostrou na barreira a maior recuperação em 36 anos, principalmente pelo crescimento de dois terços do recife. Dados assim deixam esperança para o futuro de um ecossistema tão importante e único para a humanidade.