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COP 30: Desafio Amazônico

  • Maria Tereza de Albuquerque S. Caldas
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

A Conferência das Partes, ou COP, ocorre todos os anos, com o objetivo de discutir, analisar e definir novas medidas a respeito das muitas convenções acordadas pelos países participantes. Uma das convenções mais conhecidas é a Convenção-Quadro sobre a Mudança do Clima, conhecida pela sigla UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change).  Criada em 1992, no Brasil, a primeira COP do clima aconteceu em 1995, na Alemanha, e, desde então, firmou o importante Acordo de Paris (2015).


Entre muitos outros objetivos, o Acordo de Paris visa à redução da emissão de gases do efeito estufa e tem força de lei para os países participantes. No entanto, um dos maiores emissores desses gases no mundo, os Estados Unidos, é um dos que não faz mais parte do acordo. O presidente, Donald Trump, anunciou a saída do país no início do ano de 2025, como já havia feito em seu mandato anterior, em 2020. A decisão foi motivada pela intenção do país de aumentar sua produção de combustíveis fósseis, indo contra os princípios defendidos pelo acordo.


O recuo dos Estados Unidos do acordo gera grande preocupação internacional, devido à posição de influência política e econômica do país. Um possível efeito dominó pode acarretar a diminuição dos esforços internacionais e o atraso na implementação de políticas públicas ambientais por parte de outros países. Assim, é evidente que a decisão dos Estados Unidos, como uma das maiores potências mundiais, influencia diretamente o andamento das medidas internacionais relacionadas às questões climáticas.


Em 2025, a COP 30 acontecerá no Brasil, em Belém, entre 10 e 21 de novembro. A realização do evento em um país da região amazônica traz grande simbolismo e reforça a importância da floresta para o equilíbrio climático global. As expectativas para esta edição são altas, especialmente diante do cenário de incertezas políticas e do ritmo lento no cumprimento das metas do Acordo de Paris. Espera-se que a COP 30 promova avanços concretos nas negociações, com foco na preservação das florestas tropicais, no financiamento climático para países em desenvolvimento e no fortalecimento da cooperação internacional frente à crise climática.


Em face das complexidades mundiais que envolvem a luta contra o aquecimento global, sediar a COP 30 na Amazônia não é apenas uma oportunidade de diálogo, mas também um chamado à ação. O contexto político atual, com seus retrocessos e incertezas, demanda que os acordos firmados nas conferências deixem de ser apenas declarações simbólicas e se tornem políticas públicas eficazes. Além dos discursos, é crucial assegurar a responsabilidade coletiva e a manutenção dos esforços, para que objetivos amplos como os do Acordo de Paris se concretizem. A emergência climática é uma realidade global e, portanto, depende da capacidade da comunidade internacional de promover ações verdadeiras que colaborem para amenizar a situação do planeta.

 
 
 

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Letícia Gil Reis
Letícia Gil Reis
há 6 dias

texto incrivel 👏

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