top of page

Poluição Sonora

  • Alissa Vilela
  • 9 de mai.
  • 1 min de leitura

A música tem um poder singular sobre o cérebro humano. Ela ativa regiões associadas à emoção, memória, recompensa e até ao movimento, criando experiências que podem ser profundamente prazerosas e terapêuticas. Ouvir uma música favorita pode liberar dopamina — o mesmo neurotransmissor envolvido em sensações de prazer e motivação — além de reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. É como se o cérebro dançasse junto com a melodia, encontrando equilíbrio e bem-estar.


No entanto, há um contraste importante quando falamos de som: a poluição sonora. Diferente da música, que é organizada, intencional e, geralmente, bem-vinda, a poluição sonora é um ruído caótico, constante e invasivo. Ela vem do trânsito, da construção civil, de máquinas e aparelhos, e afeta o cérebro de maneira oposta. A exposição prolongada a ruídos desagradáveis pode causar estresse crônico, dificuldades de concentração, distúrbios do sono e até impactos na saúde cardiovascular.


Essa dualidade do som nos mostra como o cérebro é sensível ao ambiente acústico. Enquanto a música pode ser um refúgio e uma ferramenta poderosa de cura e expressão, o excesso de ruído nos adoece silenciosamente. Em um mundo cada vez mais barulhento, talvez o maior desafio seja preservar espaços de silêncio e, ao mesmo tempo, valorizar a música como uma forma de cuidado com a mente e com a alma.

 
 
 

Comments


©2021 por Casulo Arena. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page